16 novembro 2009

Autopsicografia




Hoje, a poesia de Fernando Pessoa


O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas da roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração.



As imagens, textos e poemas deste post., estão hospedados na própria Internet. Caso alguém sinta- se lesado pela não citação da autoria, basta fazer contato que daremos os créditos ou tiramos à postagem do ar. Desde já, agradecemos à compreensão e colaboração de todos. Obrigada.

1 comentários:

Anônimo disse...

INTERESSANTE... O ESCRITOR, REALMENTE CONSEGUE PASSAR PARA NÓS, UMA EMOÇÃO, QUE TALVEZ, NEM ELE MESMO ESTEJA SENTINDO...
MAS INTERESSANTE AINDA, É QUE ELE NOS ENVOLVE NESSE TURBILHÃO... ELE NUNCA ESTÁ SOZINHO...

Postar um comentário