11 abril 2010

É facil ser bom, difícil é ser justo

AUXÍLIO MÚTUO


Em zona montanhosa, através de região deserta, caminhavam dois velhos amigos, ambos enfermos, cada qual a defender-se, quanto possível, contra os golpes do ar gelado, quando foram surpreendidos por uma criança semimorta, na estrada, ao sabor da ventania de inverno.

Um deles fixou o singular achado e exclamou irritadiço:

Não perderei tempo. A hora exige cuidado para comigo mesmo. Sigamos à frente.

O outro, porém, mais piedoso, considerou:

Amigo, salvemos o pequenino. É nosso irmão em humanidade.

Não posso, - disse o companheiro, endurecido, - sinto-me cansado e doente.

Este desconhecido seria um peso insuportável. Temos frio e tempestade. Precisamos chegar à aldeia próxima sem perda de minutos.

E avançou para diante em largas passadas.

O viajante de bom sentimento, contudo, inclinou-se para o menino estendido, demorou-se alguns minutos colando-o paternalmente ao próprio peito e, aconchegando-o ainda mais, marchou adiante, embora menos rápido.

A chuva gelada caiu metódica, pela noite adentro, mas ele, amparando o valioso fardo, depois de muito tempo atingiu a hospedaria do povoado que buscava.

Com enorme surpresa, porém, não encontrou aí o colega que havia seguido à frente.

Somente no dia seguinte, depois de minuciosa procura, foi o infeliz viajante encontrado sem vida, numa vala do caminho alagado.

Seguindo à pressa e a sós, com a idéia egoísta de preservar-se, não resistiu à onda de frio que se fizera violenta e tombou encharcado, sem recursos com que pudesse fazer face ao congelamento.

Enquanto que o companheiro, recebendo, em troca, o suave calor da criança que sustentava junto do próprio coração, superou os obstáculos da noite frígida, salvando-se de semelhante desastre.

Descobrira a sublimidade do auxílio mútuo... Ajudando ao menino abandonado, ajudara a si mesmo.

Avançando com sacrifício para ser útil a outrem, conseguira triunfar dos percalços do caminho, alcançando as bênçãos da salvação recíproca.

As mais eloqüentes e exatas testemunhas de um homem, perante o Pai Supremo, são as suas próprias obras.

Aqueles que amparamos constituem nosso sustentáculo.
O coração que amparamos constituir-se-á agora ou mais tarde em recurso a nosso favor. Ninguém duvide.

Um homem sozinho é simplesmente um adorno vivo da solidão, mas aquele que coopera em benefício do próximo é credor do auxílio comum.

Ajudando, seremos ajudados. Dando, receberemos: esta é a Lei Divina.

Bom Domingo a Todos..

Fonte: Texto recebido via email / Autor Desconhecido
As imagens, textos e poemas deste post., estão hospedados na própria Internet. Caso alguém sinta- se lesado pela não citação da autoria, basta fazer contato que daremos os créditos ou tiramos a postagem do ar. Desde já, agradecemos à compreensão e colaboração de todos. Obrigada.

6 comentários:

Anônimo disse...

Lindo!!!! É, o amor é contagiante!!! Espero que possa tocar e inspirar outros.

Mr.Jones disse...

Calor humano tb salva.
lindo texto.
abçs

disse...

Josy
Lindo texto para reflectir e para diferenciar ser bom e ser justo...
beijnhos
joana

Anônimo disse...

Maravilhoso.
Seu blog é bastante diversificado.
Uma hora me faz rir, outra hora me emociona.
Parabéns.
Beijokas.

Anônimo disse...

Olá Josy,

Linda história, minha amiga. O aconchego que damos é idêntico ao que recebemos, mesmo que não o sintamos como tal.

Beijinhos
Luísa

Rosana Ibanez disse...

Poxa, fiquei emocionada com esse texto! Muito lindo e muito reflexivo também! As vezes somos tão egoístas nessa vida, só pensamos em nós e esquecemos que num jesto tão humano além de podermos salvar o próximo estaremos salvando nossa própria vida!
Uma linda semana p/vc!!
Bjs

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