04 novembro 2009

Quando olho para mim…

Hoje, a poesia de Fernando Pessoa



Quando olho para mim não me percebo.
Tenho tanto a mania de sentir
Que me extravio às vezes ao sair
Das Próprias sensações que eu recebo.
O ar que respiro, este licor que bebo,
Pertencem ao meu modo de existir,
E eu nunca sei como hei de concluir
As sensações que a meu pesar concebo.
Nem nunca, propriamente reparei,
Se na verdade sinto o que sinto. Eu
Serei em mim tal qual pareço? Serei
Tal qual me Julgo verdadeiramente?
Mesmo ante as sensações sou um pouco ateu,
Nem sei bem se sou eu quem sente em mim.

As imagens, textos e poemas deste post., estão hospedados na própria Internet. Caso alguém sinta- se lesado pela não citação da autoria, basta fazer contato que daremos os créditos ou tiramos a postagem do ar. Desde já, agradecemos à compreensão e colaboração de todos. Obrigada.

2 comentários:

soninha disse...

Profundamente filosófico e extravagantemente lindo!bjs

Anônimo disse...

O fernado Pessoa, e Drumoond, são dpois escritores fantásticos! Sabem, como ninguém, retratar um sentimento, seja ele de dentro pra fora, ou de fora pra dentro. Essa Poesia é linda demais.Mas uma vez, parabéns pela escolha. Bjs

eu

Postar um comentário