26 novembro 2009

Para Sempre

Hoje, a poesia de Carlos Drummond de Andrade





Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.


As imagens, textos e poemas deste post., estão hospedados na própria Internet.

Caso alguém sinta- se lesado pela não citação da autoria, basta fazer contato que daremos os créditos ou
tiramos à postagem do ar. Desde já agradecemos a compreensão e colaboração de todos. Obrigada.

2 comentários:

Unknown disse...

É verdade! Há momento em que,embora adultos,desejamos tanto o colo da nossa mãe e ela já se foi...É a vida! bjs

Unknown disse...

....inclusive já levei o seu link.bjs

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