12 novembro 2009

A Idéia

Hoje, a poesia de Augusto dos Anjos.
Paraibano formado em Direito que nunca advogou, preferiu ser professor.


De onde ela vem?! De que matéria bruta
Vem essa luz que sobre as Nebulosas
Cai de incógnitas criptas Misteriosas
Como as estalactites duma gruta?!
Vem da psicogenética e alta luta
Do feixe de moléculas nervosas,
Que, em desintegrações maravilhosas,
Delibera, e depois, quer e executa!
Vem do encéfalo absconso que um constringe,
Chega às cordas em seguida fazer laringe,
Tísica, tênue, mínima, raquítica ...
Quebra a força centrípeta que uma amarra,
Mas, de repente, e quase morta, esbarra
No mulambo da língua paralítica.


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1 comentários:

FLAVIO FAGUNDES FERREIRA disse...

Esse poeta lembra a antiga história (verdadeira) do Ruy Barbosa surpreendendo o larápio com seus patos debaixo do braço.Ruy interpelou-o de forma tão erudita que o ladrão perguntou:Dotô, é para levar ou deixar os pato?

O que Ruy Barbosa disse:- Oh, bucéfalo anácrono! Não o interpelo pelo valor intrínseco dos bípedes palmípedes, mas sim pelo ato vil e sorrateiro de profanares o recôndido da minha habitação, levando meus ovíparos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo; mas se é para zombares da minha elevada prosopopéia de cidadão digno e honrado, dar-te-ei com minha bengala fosfórica bem no alto da tua sinagoga, e o farei com tal ímpeto que te reduzirei à qüinquagésima potência que o vulgo denomina nada.

kkkkk

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