29 julho 2009

Elas Bancam Tudo

O que tem levado cada vez mais mulheres de classe média a sustentar a casa, a relação e o homem. Por mais que o feminismo tenha trazido mudanças, os compromissos financeiros da casa continuam sendo encarados por muita gente como atribuições do homem. Tanto que nem os “sustentados” ficam à vontade para assumir abertamente sua condição. “Eles sempre têm uma desculpa. Uma comum é dizer que a inatividade é temporária.”


É verdade que em tempos modernos, de tantas mulheres bem formadas e bem sucedidas no mercado de trabalho, praticamente inexiste o desejo feminino de ter um parceiro provedor. A expectativa é poder dividir (mesmo que não meio a meio) as contas, a casa e a vida. Pois a mulher hoje em dia também se sente mal quando é totalmente sustentada. É o que revela uma pesquisa do Iden – Centro de Estudos da Identidade do Homem e da Mulher, em São Paulo.

É normal ver a mulher bancar todas as despesas: aluguel, luz, telefone, comida e até mesmo as despesas pessoais dele. É lógico que faz parte de um relacionamento saudável dar suporte ao parceiro num momento de dificuldade, como o período de transição profissional ou desemprego. Mas é preciso perceber quando o parceiro é na verdade um “encostado”, um explorador. Pois muitas mulheres têm dificuldade de enxergar a realidade. Geralmente ela está carente ou com a auto estima baixa e tem a ilusão de que o parceiro vai mudar por amor a ela.

Há casos de mulheres que têm um relacionamento com um homem que está na condição de desempregado, mas que sempre dá a desculpa que tem um trabalho ou negócio engatilhado. Só que sempre acontece alguma coisa e algo da errado e ele não consegue concretizar nunca o famoso negócio. Embora a mulher sempre acredita que ele vai sair dessa situação, irá se ajeitar e pelo menos dividir as despesas com ela. Mas o tempo vai passando, e nada a criatura nunca consegue um emprego e sempre as mesmas desculpas.

O pior mesmo é quando essa mulher acreditando que o abençoado vai conseguir um emprego em breve, faz empréstimos em bancos ou financeiras, compra ou vende carro para assumir sozinha as dividas e contas, dele ou do casal. Até que chega o dia em que a ficha cai, e a mulher percebe que é o “homem” da casa e o fato de não poder contar com o companheiro financeiramente deixa algumas mulheres frustradas e outras se “achando” super poderosas.

Há as mulheres que se aproveitam dessa situação, usando sua superioridade econômica para controlar e dominar literalmente o parceiro e alguns homens aceitam esta condição, de dominado sem nenhum problema ou preconceito pois gostam de viver com conforto, que a sua renda não poderia bancar, então não se importam se são “sustentados” e aceita numa boa, que a mulher banque tudo ou quase tudo na relação. Pagando um preço alto por isso. Pois, sem dúvida, ela domina o relacionamento. Mantendo-o sob pressão, cobrando sempre que o sustenta e tendo-o sempre a disposição.

Há também situações, embora mais raras em que tanto o homem quanto a mulher estão satisfeitos com o arranjo financeiro da relação. É o caso da mulher que tem uma renda fixa um salário a receber certinho todo final de mês e o homem vive de bicos. Ela sustenta o marido, filhos e as despesas da casa enquanto que ele; cuida das crianças, da casa, compras no mercado e feira e ainda fica com o troco para tomar uma cervejinha. Mas é a mulher que sai todos os dias com o compromisso de colocar dinheiro dentro de casa. Neste caso, nem a mulher, nem o homem se preocupam ou se importam com que os outros pensam (vizinhos, parentes, amigos). Trata-se de uma exceção.

Pois é mais comum o “sustentado” se incomodar e montar esquemas mirabolantes para que o mundo pense que ele banca as despesas. É o caso de uma mulher que se deixa envolver por um homem bonito, inteligente e maduro e sai do relacionamento magoado e mais pobre pois quando sai juntos ele nunca tem dinheiro para pagar as despesas, ai ela começa a bancar o restaurante, o motel, as viagens de fim de semana e para manter as aparências: entregava dinheiro em espécie nas mãos dele para que ele pudesse pagar as contas e para os amigos e parentes a grana era dele. Neste caso, a dependência não é só de uma das partes, mas das duas. Em todos esses casos, a mulher também depende do homem, não financeiramente, mas emocionalmente.

4 comentários:

Anônimo disse...

É isso ai! A mulherada ta com tudo!
Tony/Rj

Anônimo disse...

Não tenho problema em ser sustentado ! Alfredo

Anônimo disse...

Vc não tem é vergonha na cara!

Anônimo disse...

Prefiro não comentar!!!!
beto-ba

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